Fotografias Vitorino Coragem
Sempre foste assim. Bonita. Séria.
Em pequena escondias-te atrás das minhas pernas e contavas comigo para te proteger.
Agora é tudo diferente mas continuas a contar comigo e eu tenho tanta dificuldade em dizer-te que não. Ver-te zangada e triste aperta-me o coração. Sei que é mesmo assim, que tenho de ser forte e coerente, que é isso que procuras.
A tua adolescência é como um mar revolto, as tempestades sugem do nada são violentas mas depois passam repentinamente, deixando uma calmia tão grande e serena como o teu sorriso.
Fazes de mim Mãe desde o dia que nasceste, és tu quem me leva pela mão neste caminho tão irregular, profundo, intenso e bonito.
Somos uma equipa dizes tu e temos sempre tantas provas para superar. Juntas, as duas.
E eu, uma vez mais me sinto... mais forte que antes, mais frágil que nunca.
Mais mãe.
Mais mãe.
Ao Fim
Ao fim são muito poucas as
palavras
Que nos doem a sério e muito
poucas
As que conseguem alegrar a
alma.
São também muito poucas as
pessoas
Que tocam nosso coração e
menos
Ainda as que o tocam muito
tempo.
E ao fim são pouquíssimas as
coisas
Que em nossa vida a sério nos
importam:
Poder amar alguém, sermos
amados
E não morrer depois dos nossos
filhos.
UAU, lindo texto o teu e lindo poema do da Amália...
ResponderEliminarObrigada Sílvia, o texto é muito sincero e sentido, têm sido uns dias duros... Sou fã da Amália Bautista, adoro a escrita dela a forma como utiliza o humor, gosto mesmo muito!
EliminarTão bonito, e tão verdade porque também é assim que eu me sinto tantas vezes com a minha filha... :)
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