Hoje fui ao Teatro Maria Matos ver "A Caminhada dos Elefantes" da Inês Barahona e do Miguel Fragata. A expectativa era alta por conhecer os dois e a forma como trabalham e depois de ler este texto editado no Público.
O espetáculo correspondeu, achei-o muito bom.
A interpretação está impecável, o Miguel Fragata está cada vez melhor com aquele olhar tão sincero e doce, tão direto, tão próximo, também tem um ar gozão qb, é rigoroso e ágil e ocupa o palco todo sem perder, nem por um segundo, o fio que atravessa todo o espetáculo.
A comunicação com o público é extremamente bem conseguida na cumplicidade que estabelece com os miúdos desde o início e no ritmo da história, na forma como vai vivendo o espaço, como nos vai implicando na ação.
O texto está fantástico, gostei mesmo muito.
Esteticamente achei irrepreensível, está lá tudo e não há nada que esteja a mais. As soluções são bonitas, simples e cheias de significado.
E tudo isto para falar da Morte sem poder dizer "morte, morrer, morto, morrido e matado".
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